A Rio Tinto anunciou, nesta quinta-feira (22), que o CEO Jakob Stausholm deixará a empresa até o final do ano, encerrando um mandato de quase cinco anos focado em reconstruir a confiança com as partes interessadas e expandir para metais de transição energética. A empresa já começou a busca pelo seu sucessor.
Storsholm ingressou na Rio Tinto em 2018 e assumiu como CEO em 2021, após a polêmica sobre destruição de abrigos rochosos aborígenes de 46.000 anos na Austrália Ocidental. Seu antecessor, Jean-Sébastien Jacques, renunciou após reação de grupos indígenas e investidores.
Em uma publicação no LinkedIn, Stausholm afirmou que foi uma honra liderar a gigante da mineração e se orgulhar do progresso alcançado durante seu mandato. “Permanecerei como CEO enquanto um sucessor for nomeado por meio de um processo rigoroso já em andamento”, escreveu.
A Rio Tinto não revelou o motivo da renúncia. Simon Trott, diretor de minério de ferro, e Bold Baatar, diretor comercial, são vistos internamente como possíveis sucessores.
Analistas previam uma procura externa, embora a Rio Tinto possa competir com a BHP, cujo CEO, Mike Henry, também está se preparando para renunciar ao cargo no próximo ano.
Ao longo de sua gestão, o executivo dinamarquês ampliou a oferta de minério de ferro da Rio Tinto para além de sua sede em Pilbara, obtendo aprovações para o gigantesco projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné, com previsão de início de produção para o final deste ano. Ele também conduziu a compra da Arcadium por US$ 6,7 bilhões e, mais recentemente, uma parceria de lítio no valor de US$ 900 milhões com a estatal chilena Codelco.