Com investimentos que somam US$ 9,4 bilhões (aproximadamente R$ 53,5 bilhões), o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou três leilões de ferrovias.
Apresentado aos investidores com a previsão de investimento de US$ 3,54 bilhões (R$ 20,07 bilhões), o projeto da Ferrogrão tem 933 quilômetros entre Sinop (PA) até o porto de Miritituba, em Itaituba (PA) e teve o leilão reprogramado para julho de 2026, com publicação do edital em abril do mesmo ano. O certame estava previsto para 2025, mas a liberação do projeto ainda está sendo discutida em ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), e os estudos de viabilidade ainda serão enviados para análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com análises, a Ferrogrão deve contribuir para reduzir o preço do frete de grãos que saem do centro de produção de soja e milho no Mato Grosso em mais de 20%, reduzindo a dependência do transporte pela BR-163 e por outras rotas mais distantes que levam aos portos das regiões Sul e Sudeste.
Outro projeto ferroviário apresentado foi o Anel Ferroviário Sudeste, com o ao Porto do Açu. O projeto de 170 quilômetros tem orçamento de US$ 803 milhões (R$ 4,55 bilhões) e o leilão está agendado para dezembro deste ano.
O Anel Ferroviário Sudeste compreende trecho da EF-118, sendo a primeira fase a conexão São João da Barra (RJ) a Anchieta (ES). A segunda etapa é a conexão Nova Iguaçu (RJ) a São João da Barra (RJ), que será implementada como um investimento adicional caso o governo federal o ative.
Este projeto será reforçado com o investimento no ramal Anchieta (ES) a Santa Leopoldina (ES), que será realizado pela Vale. A mineradora firmou acordo com o Ministério dos Transportes, por meio do qual garante que será concedido o “direito de agem”.
A terceira ferrovia com projeto apresentado é o corredor Fico-Fiol, que recebeu o nome de “Corredor Leste-Oeste”, com 1,7 mil quilômetros. O projeto tem o maior investimento: US$ 5,1 bilhões (R$ 28,92 bilhões) e o leilão está previsto para junho de 2026.
