CSN apresenta prejuízo de R$ 732 milhões no 1T25

Nos período a receita líquida da companhia foi de R$ 10,9 bilhões, aumento de 12,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2024

Foto: Divulgação / CSN

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) encerrou o primeiro trimestre de 2025 (1T25) com prejuízo líquido de R$ 732 milhões,  uma queda de 52,3% na comparação com o trimestre anterior, refletindo a piora operacional específica do período e o impacto negativo da valorização cambial nas despesas financeiras.

Nos três primeiros meses deste ano, a receita líquida da CSN foi de R$ 10,9 bilhões, aumento de 12,3% na comparação com o 1T24, demonstrando as elevações de volumes e de preços nos principais segmentos de atuação. Em relação ao trimestre diretamente anterior, houve queda de 9,3% da receita, devido à sazonalidade com menor atividade comercial característica do período e maior incidência de chuvas na mineração.

O Ebitda ajustado no 1T25 foi de R$ 2,5 bilhões, com uma margem Ebitda ajustada de 22,1% ou 4,7 p.p. abaixo da registrada no trimestre anterior. Essa menor rentabilidade também reflete a sazonalidade da operação. Entretanto, quando comparado com o 1T24, o Ebitda ajustado subiu 27,6%, demonstrando uma evolução operacional com crescimento de volumes em todos os segmentos de atuação, além da alta de preços praticados no período.

A produção de placas da CSN no 1T25 atingiu 812 mil toneladas, um desempenho 15,7% abaixo do registrado no trimestre ado, refletindo não apenas a sazonalidade mais fraca do período, mas também a parada de manutenção do alto forno ocorrida no começo do trimestre.

Seguindo a mesma tendência, a produção de laminados planos alcançou a marca de 775 mil toneladas nos três primeiros meses de 2025, uma queda de 10,6% quando comparado com o 4T24. Já a produção de aços longos somou 58 mil toneladas no período, representando uma queda trimestral de 12,2%, mas um resultado mais em linha com o mesmo período de 2024.

As vendas totais do 1T25 atingiram o montante de 1,14 milhões de toneladas, um crescimento de 5,3% em relação ao 1T24, evidenciando o forte consumo aparente verificado no mercado doméstico neste início de ano. Na comparação com o trimestre diretamente anterior, houve leve redução de 2,6% mesmo considerando a atividade comercial mais fraca do início do ano.

CSN Mineração

A CSN Mineração fechou o 1T25 com prejuízo líquido de R$ 357 milhões, contra um lucro líquido de mais de R$ 2 bilhões registrado no trimestre anterior, com impacto da variação cambial no caixa em moeda estrangeira.

A receita líquida ajustada no trimestre totalizou R$ 3,412 bilhões, um desempenho 12,7% abaixo do registrado no quarto trimestre do ano anterior, como resultado exclusivo da sazonalidade do negócio com o efeito das chuvas no volume transportado. Porém, quando comparado com o 1T24, a receita líquida foi 21,7% superior, refletindo não apenas a melhora operacional, mas também um câmbio mais desvalorizado.

No 1T25, o Ebitda Ajustado atingiu R$ 1,427 bilhão, com uma margem EBITDA Ajustada trimestral de 41,8%. A menor rentabilidade na comparação com o trimestre anterior, com diferença de 9,8 p.p., se deve principalmente à sazonalidade do período. Por outro lado, ao se comparar com o 1T24, percebe-se um aumento de 27,0% no Ebitda ajustado.

A Produção de Minério de Ferro (incluindo compras de terceiros) atingiu o volume de 10,2 milhões de toneladas no 1T25, o que representa um crescimento de 11,5% frente ao mesmo período de 2024, mas uma redução de 7,3% em relação ao 4T24, explicado pela redução no volume de compras.

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